"Para estar junto não é preciso estar perto, mas sim do lado de dentro." Leonardo Da Vinci
A turma da oficina de pintura em tela do Centro de Convivência de Jardim da Penha, com a monitoria da artista plástica Ana Neri Morandi, está expondo, no saguão de entrada de Prefeitura de Vitória, de 26 a 30 de agosto, trabalhos em tinta acrílica sobre tela, retratando as recordações de lugares e pessoas que marcaram a história de cada autor das obras expostas.
O trabalho em grupo.
Ao organizarmos o evento, nossa companheira, Zuleica Passos, fotografou as telas em exposição, fazendo uma homenagem a esta blogueira. Seguem as fotos das telas expostas:
Residência de meus tios
A residência de meus tios Eraclides
Coutinho e Rosa Zampiere Coutinho era
situada em Bom Destino, Município de Itaguaçu, região noroeste do Espírito
Santo. Ali eles viviam com seus seis filhos.
Autora: Aidini
Schaquetti
Igreja de São Geraldo
Igreja cujo padroeiro é São Geraldo, localizada em Bom
Destino, Município de Itaguaçu, onde as famílias costumavam reunir-se para
fazer suas orações, festejar e também para conversar. O carro de boi em frente,
carregado de sacos de café, era guiado por meu pai, Humberto Schaquetti e um de
seus filhos. Esse era um dos meios de transporte da época.
Autora: Aidini Schaquetti
Igreja de Mimoso do Sul
– Paróquia de São José
"Esta Igreja me traz a lembrança da minha infância: da
catequese, coroação de Maria, a primeira eucaristia, as missas, a ladeira, a
gruta e as brincadeiras que fazia com as amigas no caminho para a
Igreja."
Autora: Eliane Maria
Moreira de Almeida
Largo da Estação
"O Beco de Seu Zeca fazia a ligação do Largo do Sossego para o Largo da Estação. Ali passei a minha infância e juventude, na cidade de Caravelas, Bahia. Ao
fundo, aparece a Capela de Santa
Efigênia, construída no século XVIII. A casa de esquina, à esquerda, pertencia ao pai de minha professora e madrinha. Lá, aos domingos, rezávamos o terço. Antes, fazíamos outra
visita, tomávamos café e depois, seguíamos todos pelo Beco do Seu Zeca até a estação ferroviária e aos passeios campestres."
Autora: Zuleica Passos
Residência da Família Schaquetti
"Nesta casa - localizada em Bom Destino, Município de
Itaguaçu, região noroeste do Espírito Santo - vivi minha infância e parte da
juventude, com meus pais, Humberto Schaquetti e Maria Zampieri Schaquetti, e
meus sete irmãos. Guardo deste local as melhores lembranças, pois ali fazíamos
muitas brincadeiras e travessuras. Pintura inspirada em uma foto de 1949."
Autora: Aidini Schaquetti
Coreto na Praça
"Nasci em Muriaé, Estado de Minas Gerais, onde vivi até os 12
anos. Minha tela foi inspirada em foto tirada na praça de minha cidade, no início da rua do Hospital. Lembro que nessa
praça costumava reunir-me com as outras crianças para brincadeiras de
bandeirinha, pique-esconde e outras, nas manhãs e tardes depois da escola. "
Autora: Maria Elisa de
Oliveira Morais
Passeio de barco
"Lembro-me de um passeio de barco que duas amigas e eu fizemos,
saindo da antiga Praia Comprida, onde hoje é o aterro da Praça dos Namorados.
Era um bonito dia de sol, no ano 1946. As duas amigas eram de Belo Horizonte.
Eu estou sentada no barco, no lado esquerdo."
Autora: Ângela
Rodrigues Amorim
Meu irmão e eu
"Meu irmão, com dois anos, e eu, com quatro anos, nos
arrumamos, colocamos as nossas melhores roupas para tirar a foto. O dia de
tirar fotografia era uma verdadeira festa! Pintei também a casa onde morávamos
e onde nasci, em Barbados, Município de Colatina."
Autora: Ana Helea Baião
Casa de família
"Esta é a casa, situada em Cabeceira das Araras, no interior
de São Gabriel da Palha, onde vivi dos oito aos 15 anos. Lá passei parte da
minha infância e adolescência, os melhores anos de minha vida. Fomos para lá em
1955. Estudava, ajudava mamãe nos trabalhos de casa, prendia os bezerros,
tratava das galinhas, dos porcos, andava a cavalo, brincava com os primos,
irmãos e vizinhos."
Autora: Maria Marta
Bunizol Fraga
Sonhos.. .família,
memória
"Este lugar se chama Montevidéo, no Município de Alegre,
Espírito Santo. Lá vivi os meus primeiros meses de vida, de 1947 a 1949, com uma grande família de 14 irmãos da união
de duas famílias: Dalvi e Meneguete. Depois mudamos para Vitória, pois meu pai
era homem guerreiro e gostaria de ter filhos letrados."
Autora: Maria da Penha
Dalvi
Casas da minha família
"A primeira casa é a dos meus avós maternos, situada no
Município de Muniz Freire, no local chamado Alto Amorim. A segunda era dos meus
avós paternos. Ficava na Cabeceira das Araras, no Município de São Gabriel da
Palha. A terceira foi construída pelo meu pai, no Córrego Guarani, em São
Gabriel da Palha. Na quarta casa, em São Gabriel da Palha, residi dos 16 anos
até casar. Nesses lugares vivi minha infância e juventude, convivendo com meus
avós e brincando com os primos."
Autora: Maria Marta Bunizol Fraga
Farol de Santa Luzia
"Há cinquenta anos, meus amigos e eu costumávamos praticar
pesca de mergulho nas pedras do farol. Na época, pouca gente se aventurava a pescar
ali, pois o local das pedras era muito íngreme e o mar muito violento. Caminhávamos
desde a Praia da Sereia para chegar até lá e vivenciar essas aventuras."
Autor: Décio Dessaune
Passeio nas dunas
"Minha família costuma passar as férias de verão na praia
Arroio do Sal, no Rio Grande do Sul, tradição que se renova desde minha
infância. Desse cenário guardo a lembrança dos passeios que fazíamos pela orla
marítima, como aconteceu em fevereiro de 1962, quando andávamos por montanhas
de areia, subindo e descendo, conforme registrou minha mãe em foto onde
aparecem meu pai e seus quatro filhos, retratados neste quadro."
Autora: Célia Maria
Fazenda Renascer
"Fazenda Renascer, propriedade de minha família, onde vivi
todo o meu tempo de solteira. Até hoje conservamos a propriedade, procurando
manter as mesmas características da época de meus pais, reunindo sempre toda a
família como nos velhos tempos".
Autora: Juraci Alves
Pirola
Fazenda da Armada
"Esta é a casa da Fazenda da Armada, propriedade de meu bisavô
paterno, localizada no Município de Canguçu, Rio Grande do Sul. Baseada em uma
foto tirada no ano de 1932, quando, na frente da casa, meu bisavô, minha avó, meu
pai (então com 16 anos) e outros familiares
conversavam com alguns visitantes. Cresci ouvindo minha avó e meu pai
contarem os episódios passados naquela fazenda. Este quadro é uma homenagem que
presto a quem antes de mim já fazia a minha história."
Autora: Célia Maria