quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Resgate da Memória


"Para estar junto não é preciso estar perto, mas sim do lado de dentro."  Leonardo Da Vinci
 
A turma da oficina de pintura em tela do Centro de Convivência de Jardim da Penha, com a monitoria da artista plástica Ana Neri Morandi, está expondo, no saguão de entrada de Prefeitura de Vitória, de 26 a 30 de agosto, trabalhos  em tinta acrílica sobre tela, retratando as recordações de lugares e pessoas que marcaram a história de cada autor das obras expostas.
 
 
 
O trabalho em grupo.





Ao organizarmos o evento, nossa companheira, Zuleica Passos, fotografou as telas em exposição, fazendo uma homenagem a esta blogueira. Seguem as fotos das telas expostas:
 
 

 Residência de meus tios
 
A residência de meus tios Eraclides Coutinho e Rosa Zampiere Coutinho  era situada em Bom Destino, Município de Itaguaçu, região noroeste do Espírito Santo. Ali eles viviam com seus seis filhos.
Autora: Aidini Schaquetti


 
Igreja de São Geraldo
Igreja cujo padroeiro é São Geraldo, localizada em Bom Destino, Município de Itaguaçu, onde as famílias costumavam reunir-se para fazer suas orações, festejar e também para conversar. O carro de boi em frente, carregado de sacos de café, era guiado por meu pai, Humberto Schaquetti e um de seus filhos. Esse era um dos meios de transporte da época.
Autora: Aidini Schaquetti
 
 
 
Igreja de Mimoso do Sul – Paróquia de São José
 
"Esta Igreja me traz a lembrança da minha infância: da catequese, coroação de Maria, a primeira eucaristia, as missas, a ladeira, a gruta  e as brincadeiras  que fazia com as amigas no caminho para a Igreja."

Autora: Eliane Maria Moreira de Almeida
 


Largo da Estação

"O Beco de Seu Zeca fazia a ligação do Largo do Sossego para o Largo da Estação. Ali passei a minha infância e juventude, na cidade de Caravelas, Bahia. Ao fundo, aparece a Capela de Santa  Efigênia, construída  no século XVIII. A casa de esquina, à esquerda, pertencia ao pai de minha professora e madrinha. Lá, aos domingos, rezávamos o terço. Antes, fazíamos outra visita, tomávamos café e depois, seguíamos todos pelo Beco do Seu Zeca até a estação ferroviária e aos passeios campestres."
Autora: Zuleica Passos
 
 
                                            
 Residência da Família Schaquetti

"Nesta casa - localizada em Bom Destino, Município de Itaguaçu, região noroeste do Espírito Santo - vivi minha infância e parte da juventude, com meus pais, Humberto Schaquetti e Maria Zampieri Schaquetti, e meus sete irmãos. Guardo deste local as melhores lembranças, pois ali fazíamos muitas brincadeiras e travessuras. Pintura inspirada em uma foto de 1949."

Autora: Aidini Schaquetti



Coreto na Praça

"Nasci em Muriaé, Estado de Minas Gerais, onde vivi até os 12 anos. Minha tela foi inspirada em foto tirada na praça de minha cidade,  no início da rua do Hospital. Lembro que nessa praça costumava reunir-me com as outras crianças para brincadeiras de bandeirinha, pique-esconde e outras, nas manhãs e tardes depois da escola. "
Autora: Maria Elisa de Oliveira Morais
 

                                             
Passeio de barco
 
"Lembro-me de um passeio de barco que duas amigas e eu fizemos, saindo da antiga Praia Comprida, onde hoje é o aterro da Praça dos Namorados. Era um bonito dia de sol, no ano 1946. As duas amigas eram de Belo Horizonte. Eu estou sentada no barco, no lado esquerdo."

Autora: Ângela Rodrigues Amorim


 
Meu irmão e eu

"Meu irmão, com dois anos, e eu, com quatro anos, nos arrumamos, colocamos as nossas melhores roupas para tirar a foto. O dia de tirar fotografia era uma verdadeira festa! Pintei também a casa onde morávamos e onde nasci, em Barbados, Município de Colatina."

Autora: Ana Helea Baião
 


 

 Casa de família

"Esta é a casa, situada em Cabeceira das Araras, no interior de São Gabriel da Palha, onde vivi dos oito aos 15 anos. Lá passei parte da minha infância e adolescência, os melhores anos de minha vida. Fomos para lá em 1955. Estudava, ajudava mamãe nos trabalhos de casa, prendia os bezerros, tratava das galinhas, dos porcos, andava a cavalo, brincava com os primos, irmãos e vizinhos."
Autora: Maria Marta Bunizol Fraga

 


Sonhos.. .família, memória

"Este lugar se chama Montevidéo, no Município de Alegre, Espírito Santo. Lá vivi os meus primeiros meses de vida, de 1947 a 1949,  com uma grande família de 14 irmãos da união de duas famílias: Dalvi e Meneguete. Depois mudamos para Vitória, pois meu pai era homem guerreiro e gostaria de ter filhos letrados."

Autora: Maria da Penha Dalvi



Casas da minha família

"A primeira casa é a dos meus avós maternos, situada no Município de Muniz Freire, no local chamado Alto Amorim. A segunda era dos meus avós paternos. Ficava na Cabeceira das Araras, no Município de São Gabriel da Palha. A terceira foi construída pelo meu pai, no Córrego Guarani, em São Gabriel da Palha. Na quarta casa, em São Gabriel da Palha, residi dos 16 anos até casar. Nesses lugares vivi minha infância e juventude, convivendo com meus avós e  brincando com os primos."

Autora: Maria Marta Bunizol Fraga



Farol de Santa Luzia

"Há cinquenta anos, meus amigos e eu costumávamos praticar pesca de mergulho nas pedras do farol.  Na época, pouca gente se aventurava a pescar ali, pois o local das pedras era muito íngreme e o mar muito violento. Caminhávamos desde a Praia da Sereia para chegar até lá e vivenciar essas aventuras."

Autor: Décio Dessaune


 
Passeio nas dunas

"Minha família costuma passar as férias de verão na praia Arroio do Sal, no Rio Grande do Sul, tradição que se renova desde minha infância. Desse cenário guardo a lembrança dos passeios que fazíamos pela orla marítima, como aconteceu em fevereiro de 1962, quando andávamos por montanhas de areia, subindo e descendo, conforme registrou minha mãe em foto onde aparecem meu pai e seus quatro filhos, retratados neste quadro."

Autora: Célia Maria


 
Fazenda Renascer

"Fazenda Renascer, propriedade de minha família, onde vivi todo o meu tempo de solteira. Até hoje conservamos a propriedade, procurando manter as mesmas características da época de meus pais, reunindo sempre toda a família como nos velhos tempos".

Autora: Juraci Alves Pirola
 


Fazenda da Armada

"Esta é a casa da Fazenda da Armada, propriedade de meu bisavô paterno, localizada no Município de Canguçu, Rio Grande do Sul. Baseada em uma foto tirada no ano de 1932, quando, na frente da casa, meu bisavô, minha avó, meu pai (então com 16 anos) e outros familiares  conversavam com alguns visitantes. Cresci ouvindo minha avó e meu pai contarem os episódios passados naquela fazenda. Este quadro é uma homenagem que presto a quem antes de mim já fazia a minha história."

Autora: Célia Maria


 

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Primeira exposição Oradas do Espírito Santo


O grupo que está desenvolvendo  o Projeto Oradas do Espirito Santo, Ana Heléa Baião, Aidini Schaquetti, Zeth Aguiar, Célia Sanchotene e Zuleica Passos, foi convidado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Vila Velha do Espírito Santo para participar do workshop "Fé e razão caminhando juntas", no dia 7 de agosto de 2013. Para compor o tema os organizadores do evento realizaram, em espaço contíguo, uma exposição de arquitetura sacra. 

De uma proposta de pintar vinte e cinco telas, o grupo já elaborou 12 telas que foram expostas nesse evento.

  Heléa, Aidini,Ana Zeth, Célia e Zuleica mostram seus trabalhos no evento "Fé e razão caminhando juntas".


 Célia e a sua Capela de São Ciro e a Capela de Nossa Senhora da Penha, de Aidini.






                                           Novamente a turma posando junta.


quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Símbolos


"Em muitos dias de ócio lamentei o tempo perdido. Mas ele não foi de todo perdido, senhor. Guardaste em tuas mãos cada instante de minha vida. Escondido no coração das coisas, tu estás alimentando as sementes para que sejam rebentos, os botões para que sejam  flores e amadurecendo as flores  para que sejam frutos. Eu dormi cansado no meu leito indolente, julgando que todo trabalho tivesse cessado. Acordei de manhã e encontrei repleto de milagres de flores o meu jardim". Tagore

 
Uma nova experiência sempre é positiva. Há muito estava pensando em fazer uma pintura abstrata, uma criação exclusivamente minha, sem influências externas ou modelos .Uma experiência diferente.  Algo que saísse de meu interior. Mas o que pintar?

Em um mundo em plena ebulição, onde os protestos e a violência espocam por todos os cantos do País, um quadro cheio de simbolismos me pareceu uma boa pedida. Um quadro que representasse  a dualidade, o ritmo, o conhecimento,  o infinito da existência.

Pintar o fundo da tela com a alegria e a energia do amarelo foi o primeiro passo. Pouco a pouco foram surgindo as representações da vida que roda, do todo que vibra, da paz entre os povos, da paz interior, o olhar que tudo observa,  os traços marcantes do todo em cada um de nós. 

Os pares de opostos apontam a dinâmica do existir e caminham  juntos. Em tudo há um pouco de tudo. Como é em cima é embaixo, o branco e o preto, a noite e o dia, o micro e o macro, a paz e a guerra, o amor e o ódio, o caos e o equilíbrio, o dormir e o despertar, o exterior e o interior, a realidade e o sonho ...

É um constante fluir e refluir. Na causa está o efeito. E a descoberta está em você.